Arquivo para maio, 2013

Três da tarde

São altas horas da tarde
Absurdas horas da manhã
Os gatos dormem
Aninhados no tempo-espaço
Na confusão de lençóis velhos
No chão gelado
Dos parques públicos

Só que tenho olhos humanos
E diante deles se desvelam
Mil impossibilidades serenas
Mil torres silenciosas que se calam

A tarde é um dorso que se contorce
Um rosto que nunca se vira
Os cenários se desdobram
E não sinto nenhuma dor