Arquivo para maio, 2012

Luva

toque a mão nua
na sombra:
serás devorado

Onírico # 3

Às vezes, quando
O eco não me responde
E percebo minha palavra
em agonia afogar-se
no mar verde-escuro das árvores

Me sinto irremediavelmente perdida,
Percebo as dimensões exatas
Do desconhecido que me cerca:
De novo
perdi o caminho de casa.

A página em branco às vezes me encara.
A escrita, ocasionalmente, não me diz palavra.
O espelho de vez em quando
Não devolve o reflexo:

Então afogo a vertigem em sono.
O mundo inteiro, de novo dócil.
Bruxas, vampiros, lobos:
Todos do outro lado da porta.