Arquivo para junho, 2012
Objeto cênico
minha fantástica artimanha
um pedaço de trama
arrancada à força
dos dentes
da mais estranha
absurda
serpente
Pulsão
Gosto de beijar o coração dos mármores frios.
Não há pele morna
que me arranque desse vício,
ou mão benevolente
que me impeça de descer a escada
até o fundo do precipício
Do que já foi dito
não me mostre
mais uma vez
o caminho já tomado
quero explodir esse espelho em pedaços
apagar pegadas esquecer os passos
que deixei tão fundos na areia lunar
do deserto